Off: JP, desculpe. Com todos esses acontecimentos recentes acabei me distraindo em alguns detalhes menores. Um deles é descontar o pagamento do Hotel. Então aqui entra a mágica do Mestre para dizer que Monika “acertou” tudo rsrs. Confessou que estou me achando meio descuidada, mas vou mudar isso. Quanto ao sujeito, imaginei que não fosse lembrar, pois foi literalmente nos primeiros posts do RPG que citei ele. Eu mesma tive de reler para ter certeza. Seguem alguns trechos lá do começo:
19 de abril de 2011, Frankfurt am Main, Alemanha.
[...]“Contudo, lá estava, também, uma figura estrambólica. Um sujeito com potencial financeiro para ser o quarto favorito, mas longe de demonstrar qualquer traço de confiabilidade. O Homem era mais do que demasiado estranho. Maior que Edward, estava usando um sobretudo negro com capuz, sua compleição era raquítica e sua expressão, escondida nas sombras, era assustadora. Olhos azul acinzentado, ariano, quase albino. O cordão de prata grotesco e de simbologia desconhecida, porém sombria, combinava em um misto sinistro com as tatuagens de caráter épico em seu rosto barbado.
Fora o primeiro contado com aquele sujeito esquisito. Fora o primeiro puxar das notas de 500 euros. O primeiro apostar no candidato mais favorável a derrota. O começo.”
[...]
27 de abril de 2011, Frankfurt am Main, Alemanha.
[...]“Ele atravessou a cafeteria em passos robóticos e silenciosos. Ele esticou os dedos compridos e enluvados para apanhar uma colherzinha plástica no balcão. Por fim, Ele saiu em passos iguais, reservando um meneio de cabeça para Edward, fitando-o com aqueles olhos secos e estáticos. Era Ele, o peculiar homem que sempre apostara nos perdedores. Notas altas e sem significado. Nessas poucas semanas, tudo que se podia saber sobre esse sujeito era o fato de ser mais estanho do que aparentava, ter dinheiro e parecer, controversamente, se preocupar com lutadores feridos. Que mal tem, se ele estava pagando e mantendo o silêncio como seu maior companheiro?
Todavia, dentre todos os encontros na casa de lutas ou nas noites da agora tétrica Frankfurt, este fora o único que o estranho concedera a Edward um olhar; um cumprimento. Era intrigante ver essa figura, que por mais conhecida que fosse, seus olhos nunca se acostumavam a ver, trocando olhares com ele. Como chegara, ele fora embora. Uma incógnita.”
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▬ Edward Herr Von Ulrich ▬
Sexta-feira, 13 de maio de 2011, fim da manhã
Último saldo: € 27.000,00 (--)
Em mãos: € 150,00 (--)
Monika era suficientemente mais do que esperta para entender a simples troca de olhar. Ela abriu um sorriso e colocou a mão sobre sua bolsa. Sem perder tempo, concordou com a proposta de Edward, fazendo-a parecer irrecusável.
▬ Graça a Deus! ▬ Exclamou ela. ▬ Sério. Pelo cuidado desse lugar eu tenho medo da comida daqui. ▬ Disse e então fitou Alda nos olhos. ▬ Tu viu a mão daquela mulher? Errh... ▬ Indagou retoricamente fazendo uma cara de nojo.
▬ Ta bom, ta bom. ▬ Respondeu Alda. ▬ Mas você ta me devendo um verdadeiro café da manhã em Ed, é bom valer a pena mesmo. ▬ Acrescentou em um tom imperativo ▬ E rápido! Antes que eu morra de fome. ▬ Brincou, levantando-se.
As duas saíram andando muito próximas, cochichando alguma coisa, que fizera Alda olhar sobre os ombros algumas vezes para a garçonete. A bizarra figura continuou inerte, mas dessa vez claramente fitando Edward. O homem não hesitava em olhá-lo nos olhos, encarando-o com por de trás da sombra que escurecia seu rosto pálido. Quando o trio já estava a duas esquinas de distância do Hotel, a morena foi a primeira a notar o sujeito fora do estabelecimento e, em outra troca de olhares, avisou Ulrich. O homem estava parado na porta do hotel, virado na direção dos três. Suas mãos permaneciam no bolso e o indivíduo aparentava não se importar de disfarçar seu olhar.