Primeiros Passos: Criando e Jogando RPG via Fórum

Aqui, você encontrará um resumo, talvez até um guia de como jogar RPG via Fórum. Para aqueles que já jogavam o RPG via Orkut, talvez não venham a sentir tanta dificuldade, já que o mesmo era um fórum, com algumas funcionalidades diferentes. Se for este o caso, o tópico Primeiros Passos: Conhecendo o Fórum e suas utilidades é o mais indicado. Mas nada que o impeça de dar uma olhadinha aqui.

Vamos partir do princípio que todos sabemos  o que é o RPG. Se não sabem, aqui vai um bom resumo:

Wikipedia escreveu:Role-playing game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de interpretação de personagens"),1 é um tipo de jogo em que os jogadores assumem os papéis de personagens e criam narrativas colaborativamente. O progresso de um jogo se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente. As escolhas dos jogadores determinam a direção que o jogo irá tomar.

Ou seja, no RPG, você pode criar e interpretar um personagem ou até mesmo criar um mundo, onde várias pessoas podem participar e viver neste mundo. Existem vários tipos de RPG, sejam virtuais, via skype, talvez o mais comum que é o de mesa e no nosso caso, o via Fórum. Este tipo de RPG se assemelha bastante com o RPG de mesa, onde um mestre pode criar o RPG e o mundo e outras pessoas participarão deste RPG, com rolagem de dados para acertos ou até mesmo, usando apenas o critério de interpretação.

No nosso caso, o RPG via Fórum, é um tipo de jogo onde devemos dar uma maior atenção a narração, a escrita. É como se os jogadores estivessem escrevendo uma história em conjunto com o mestre.
A vantagem do RPG de fórum ao de mesa, é justamente a facilidade em descrever com riqueza os detalhes dos locais e cenas, além de fazer com que os jogadores também tenham algum tempo para pensar e fazer um bom post. Que no caso, seria sua ação ou resposta ao jogo.

Bom, depois de explicado é chegada a hora de sabermos. E aí, como vamos jogar pelo Fórum?

Após ler as regras, se inteirar do uso do Fórum, é chegado o momento de criar ou participar de um RPG.

Chegando na área de Vagas Abertas, caso queira entrar em algum RPG ou caso queira criar um próprio é só ir na área de Mesas e abrir o seu RPG.

Aqui, é importante que você tenha lido as regras de cada área, para que não tenha problemas com a moderação.

Quando você entrar ou criar um jogo, lembre-se de definir bem como será as regras e sistema do seu jogo. Caso você esteja entrando, leia bem as regras do RPG para que você não tenha problemas com o mestre.

No RPG via Fórum, podemos utilizar a ferramente de rolagem de dados, que se faz através do código:
  [roll="6 lados"]2[/code]
Ou através do dado (depois de clicar no mais botões) como mostra na imagem abaixo:

Onde no código "6 lados" representa a face de dados, que pode ser trocada para 4, 6, 8, 10 lados, e onde se encontra o 2 no código, a quantidade de dados.

É importante frisar, que usando este tipo de rolador, os valores toda vez que houver um edit na postagem mudarão, por isso, é importante que o mestre que se utilizar desse sistema, peça para que seus jogadores rolem os dados em uma postagem separada ou até mesmo, citem a postagem quando houver um rolamento de dados, para caso seja necessário um edit na postagem, o primeiro valor seja contato e não o novo valor que será gerado.
Este tipo de rolamento também, só dá o valor após a publicação. Se a pessoa visualizar a postagem, ele irá dar um valor e quando feita a postagem, um novo valor totalmente diferente poderá aparecer.

Há também a possibilidade de se utilizar outros roladores virtuais para seus jogos, tipo estes:

── http://www.rolador.dx.am/
── http://www.sfn.com.br/roller.php
── http://www.wizards.com/dnd/dice/dice.htm

Entre outros que o mestre poderá usar a seu critério. Definido isto ou entendido as regras do RPG em questão, vamos as postagens.

Quando estiver fazendo suas postagens, tente sempre diferenciar o que é narrativa e o que é fala do seu personagem, para facilitar melhor o entendimento da cena. Veja um exemplo:

Mesmo após tudo que havia acontecido, apreciou, por mais alguns segundos a visão do corpo de Monika. Feito isso, apoiou-se no que deu, para levantar-se. Acompanhando a morena, era a hora de se vestir. Não sabia bem o que estava sentindo, mas só o fato de não ter morrido, já fazia com que seu plano desse cinquenta por cento certo. Ao pensar nisso, seus olhos buscaram o de Monika e compartilhou com ela aquele momento. A troca de olhares. E ficou assim até acompanha-la em todas suas ações, e não conseguiu conter um sorriso ao ouvir a resposta de sua irmã. Alda não era mais uma garotinha. Claro, Edward gostaria muito de evitar esse tipo de situação, mas ficou feliz em ver que sua irmã não causaria problemas.

- Ela deve pensar que somos uns animais. - Falou, antes de completar - O que possivelmente somos. Vamos sair daqui. Uma hora vamos ter que encarar ela.. Mas antes.. O principal.. Como você se sente?

Era a pergunta mais importante. Apesar do prazer, do êxtase, do momento perfeito, aquilo tudo havia sido um experimento. Bem perigoso por sinal. Afinal, além de Monika, não sabia ao certo como também se sentia.

IMAGEM:

Código:

<a href="LINK DA IMAGEM">DESCRIÇÃO/TEXTO</a>

ProjetoRPG escreveu:NARRATIVA

Durante as narrativas do jogo é importante que os papéis do Jogador e Narrador fiquem bem definidos. Para isso, o bom senso é que estabelece o limite ou o ponto em que o narrador e jogador podem invadir na Narrativa.

Cabe ao Narrador, por exemplo, descrever a cena com riqueza de detalhes, pontuando o que for mais importante para a Crônica, simulando a atenção que dispensamos às coisas quando as percebemos com nossos sentidos. Para isso, é comum que se utilize o campo de visão e audição do personagem como limite. Ou seja, o Narrador descreve apenas o que o personagem pode ver/ouvir, e cabe a ao jogador decidir o que fazer em seguida. Também não é de “bom tom” que o Narrador interfira nas ações do jogador, determinando suas falas, gestos ou pensamentos. O personagem é uma ferramenta do Jogador, e cabe a ele decidir o que este pensa, fala ou faz.

Entretanto, em alguns casos específicos o narrador pode (e deve) intervir. Principalmente nos casos em que se faz necessária a implantação de alguma informação. Diversas situações podem colaborar por uma narrativa mais invasiva por parte do Mestre. Caso o jogador não tenha chegado à conclusão que o Narrador esperava (ou precisava), ao ver determinados fatos, ele pode narrar que o jogador “percebeu a ligação entre as coisas”, ou se valer de outros artifícios para deixar as coisas mais explícitas.

Outro exemplo comum é quando a cena exige que o personagem expresse algumas fraquezas (como o medo, fome, dor, inferioridade, humildade etc), mas o jogador a recusa. A paixão que o jogador desenvolve pelo seu personagem, às vezes, colabora para que o mesmo não queira demonstrar estas fraquezas. Nestes casos, para garantir o desenvolvimento da Crônica, e a boa interpretação da cena, o Narrador deve informar que o personagem de fato “sentiu medo”, “teve que fugir” ou não pode fazer determinado movimento “por causa da dor”. Elementos que fogem do controle do jogador também podem ser colocadas pelo narrador, como por exemplo, algumas características fisiológicas (sede, fome, frio etc).

No caso do jogador, pede-se que o mesmo não interfira na narrativa da Crônica. Entende-se por isso, que ao postar uma mensagem no fórum, narrando as atitudes do personagem, o jogador não deve trazer para a cena aquilo que não foi previamente mencionado. Veja o exemplo:

Exemplo de Cena escreveu:
Narrador: Norah recebeu um pequeno pacote de papelão, com não mais do que 10 cm³. Ao abri-lo, encontrou um estojo ainda menor, cuidadosamente depositado sobre jornais amassados, provavelmente para que não chacoalhasse no transporte. Tratava-se de um estojo de camurça negra, com um pequeno fecho dourado.

Jogador: Depois de passar pelo espanto de receber um pacote inesperado, e pelo surto de curiosidade ao abrir a caixa de papelão, Norah não resistiu, e abriu a caixinha negra também. Ela ficou maravilhada com o pequeno anel de brilhantes que encontrou.


Note que na cena acima não foi mencionado, em momento algum, o que havia dentro da pequena caixinha de camurça negra. O suposto “anel de brilhantes” foi uma criação do jogador, sem saber o que o Narrador estava guardando para aquele objeto. Em casos como estes, o Mestre pode (e deve) desconsiderar o post, e exigir uma nova ação por parte do jogador.

Fora essas recomendação, lembre-se que ações do tipo:

Exemplo (péssimo) de Cena escreveu:
Abro a geladeira e pego o leite


São para chats de RPG, não jogos de interpretação. Uma cena como a da frase acima ficaria muito mais intensa se fosse narrada de outra forma, como por exemplo:

Exemplo (razoável) de Cena escreveu:
Sentindo o fundo do estômago roncar, já que se passava certo tempo desde sua última refeição, ele foi até a cozinha. Num movimento quase instintivo, caminhou em direção à geladeira e abriu a porta, sentindo o ar gelado lhe batendo na face. Não demorou muito e sua fome lhe indicou um caminho aceitável: o leite. Sem pensar muito, ele pegou a caixinha já aberta, enquanto lambia os lábios em aprovação...


Por fim, um fator importante, é que o jogador sempre deixe claro o que está fazendo com seu personagem. É necessário que este procure descrever a cena com o máximo de detalhes possíveis, como por exemplo, o uso de algum artifício (como poderes, habilidades especiais etc), a intenção de ocultar alguma coisa dos outros personagens, etc.

Também pede-se que evite mensagens “OFF Game” durante as postagens. É muito comum que se utilize a inscrição “OFF” antes de algum comentário, dentro da narrativa, para caracterizar uma informação que o jogador deseja incluir, mas que não faz parte da ação. Exemplo:

Exemplo de Cena escreveu:
Antonine caminhou em silêncio até a beirada do penhasco. Lá de cima, visualizou toda a cidade, com suas luzes acesas, formando um verdadeiro mar iluminado. Embora não quisesse fazer aquilo, ele precisava, então executou. Com um cântico lânguido ele induzia ordens sonambúlicas à mente de todas as crianças menores de 10 anos da cidade, convidando-as a seguir em direção ao Rio Daniev.

OFF: Narrador, Antonine está utilizando seu dom de “Encantador de Ratos” nas crianças da cidade.